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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JEAN KENJI UEMA

(  Brasília – Distrito Federal – Brasil  )

 

Mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). Graduado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (1995). Analista judiciário do Supremo Tribunal Federal. Atualmente, exerce o cargo de assessor parlamentar no Senado Federal. Entre outras funções, foi Consultor Jurídico do Ministério da Saúde e Secretário de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República. Na área acadêmica, foi professor de direito constitucional do Centro Universitário de Brasília. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, atuando principalmente nos seguintes temas: constituição, interpretação constitucional, direito parlamentar, direito sanitário e instituições do estado.

Informações coletadas do Lattes em 01/07/2020

 

PÉRGULA LITERÁRIA.  Poesias vencedoras do VI Concurso  Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira”. Valença, RJ: Editora Valença, 2004. 202 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda

 

DESPERDÍCIO

Entre sofá, cama, mesa e objetos nulos
— Inércia material em sentimentos e lembranças —
Passado e presente — desejos e futuros

Somos o plágio do movimento interrompido
Tudo acontece ao acaso
Em volta, parados móveis ineficazes
Denunciando como histórias dão errado

Matéria e espírito intimamente entrelaçados
Contabilizo nossa sorte, nossos azares
Pois sem vislumbrarmos a ausência
Vivemos sem sentir, descompassados

E a espera é o tempo lento e cruel do presente
E são portas antigas que se fecham
Obsoletas, pesadas
Arte de contar sobre resoluções atrasadas

 

AURORA

Cada um sabe a dor que sente
Em tardes cinzas de inverno
Em perder de vista o rosto já ausente

Mas já é a liberdade, quem sabe?
E basta de saudade e de tristeza
Despertai do lamento constante!

Pois é melhor a lembrança distante
Mesmo fria, doce e vaga
Ao calor do sofrimento presente

Se o êxtase não é permanente
Se o amor é o sol que, fraco,
Despe-se em triste poente

O poeta, cheio de esperança
Em esplendor já canta a Aurora
Inicial, pulsante, recente

*

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Página publicada em novembro de 2021

 


 

 

 
 
 
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